segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Obrigada



A gente nem se olha e já se entende. Eu nem preciso falar, ela sabe o que eu penso. É totalmente, inexplicavelmente incrível. A gente é muito diferente, mas tão iguais. Sem ela minha vida seria meio que impossível, na realidade se você não existisse, eu pediria pra Deus que te criasse, é. É ruim escrever quando lhe faltam palavras, e lhe sobram sentimentos.
Quantas vezes eu pensei em desistir, mas por você e graças a você eu percebi que razões na vida existem. Você é uma das razões da minha vida, você é quem me ajuda a escrever a minha história, dar sentido a ela e depois publicá-la.
E agora, meus olhos embaçam, me dá aquele ruim na garganta - o aviso que por aí vem lágrimas -, e elas aparecem e rolam por minha face. Acho que talvez um dia eu possa te retribuir por me guiar, ou talvez eu nunca consiga fazer isso, mas quero que saiba que eu faria tudo por você - deixaria de roer unhas, comer chocolate, de ficar com o menino que  sou apaixonada, nunca mais  lavaria meu cabelo e nem tomava banho se fosse preciso, brigaria com meus pais, ficaria rebelde e até explodiria um planeta. Mas sei que para nós o que importa é o coração. Então se você precisasse de um eu te daria o meu, mesmo que depois eu só pudesse te ver de cima. Muito obrigada por ser minha amiga, ou melhor, por ser minha irmã. 

domingo, 26 de dezembro de 2010

Retornar



Mais um ano que se foi. E se foi tão rapidamente, passou sutilmente como um piscar de olhos – ou mais rápido que isso. Deitada na cama, a minha cama, que agora está quente, busco com meu corpo um lugarzinho no colchão gelado e frio, para assim poder pensar melhor ou nem pensar, dormir de vez e pronto. Pronto nada. Cara, que bosta é dormir ou pelo menos tentar dormir no verão, principalmente naquelas noites onde todo mundo sai, e só você fica em casa. Meu pensamento voa, e lembra-se de cada momento, de cada segundo, do ano da minha vida que passou, e tudo passou rápido d-e-m-a-i-s. Tão rápido que eu preciso me esforçar extremamente para lembrar, pois não me recordo de detalhes importantes, que hoje fazem tamanha diferença.
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Eu queria voltar. Minhas lágrimas querem voltar, elas caem sem rumo, caem lentamente pela minha face, rolam rápido demais. Tantos amigos eu perdi, muitas amizades que eu jurava, jurava de pé junto e dedinho dobrado, que iriam ser pra sempre. Tantos abraços apertados e cheios de carinho eu ganhei, mas de nenhum deles eu lembro o porquê e muito menos se eu o retribui da mesma forma. Tantos meninos que enlaçaram seus braços pela minha cintura neste ano, e de poucos eu me recordo de ter oferecido o carinho e amor necessário. Porque fazemos tudo pela metade. Porque achamos que tudo um dia irá acontecer de volta. Porque cremos em crer que as pessoas sempre são as mesmas e que a tua vida sempre vai ser a mesma de todos os dias. Porque gastamos tempo sendo incompletos e frios, duros e egoístas, até com nosso cachorro que insiste em ficar correndo em nossa direção e clamando por um momento sequer de descontração. Porque temos muitas coisas, e depois reclamamos se as perdemos! Eu sei por quê. Eu sei o porquê de tudo isso, e de todas as duvidas das coisas que se vão.
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Nunca estamos completos. Nunca somos completos, e nos doamos completamente. Somos meios, metades, achamos que se nos doarmos completamente, estaremos nos traindo e sendo seres fracos e reveladores. Não. Meu Deus isso não é o certo! O certo é você ser inteiro, doar-se por completo, para ter tudo ao seu lado por um longo tempo e não por um ano só. Não culpe ninguém por perdas, só primeiro reveja se você valorizou o que tinha, e preencheu o momento com todo seu carinho disponível. Se você não o fez, não tem do que reclamar. Assim como eu, que seco minhas lágrimas, aprendi. Nada é pra sempre, mas você tem o poder de fazer esse pra sempre um longo tempo. Para depois não ter remorsos e muito menos a dor de saber que você tinha, minutos e horas atrás, a oportunidade de fazer você sempre presente nas lembranças e momentos de alguém, mas você escolheu não usufruir desse poder, achando que tudo um dia iria acontecer de volta. Pois bem feito, agora tome! Pois isso nunca mais irá acontecer.

A maneira correta de lixar suas unhas


O sonho de 95% das mulheres é possuir uma unhas compridas e bonitas, mas muitas delas não sabem como conseguir este feito - eu que o diga. E aposto que pouquissimas sabem que a forma de lixar pode ajudar muito no processo de fortalecimento e embelezamento destas.
Sim! Eu disse a forma de lixar. Por mais estranho que pareça é a realidade. Muitas pessoas não dão atenção a este detalhe, que é um dos mais importantes para evitar que as unhas quebrem ou descamem.
Nossas unhas possuem 3 camadas:

  • 1ª - Que recobre o leito;
  • 2ª - Que dá volume;
  • 3ª - Que reveste a placa como um todo;

Por conta dessa camadas é que devemos ter o cuidado até na escolha da lixa, que deve ser macia e delicada. Se você utilizar das lixas comuns, muito ásperas fará com que as camadas se abram as deixando mais expostas a danos - primeiramente fissuras que as deixarão mais suscetíveis a rupturas e, posteriormente, quebras.
O ideal é lixar em um único sentido - evitando o movimento "vai e vem". Assim você preservará a anatomia da sua unha.
Em relação ao formato, é melhor que as unhas dos pés sejam lixadas no formato quadrado, para evitar que encravem. Já as das mãos, podem ser moldadas do jeito que preferir, no entanto é bom levar em conta que para quem tem unhas pequenas e pretende deixa-las crescer é aconselhavel o formato quadrado - ficará reto -, pois ele permite que as unhas cresçam mais rápido e não se partam, quando elas estiverem suficientemente compridas você poderá dar o formado desejado, como opção há o modelo redondo - que exige o cuidado de não a deixar pontuda, para evitar que ela se quebre com mais facilidade -, o ovalado - ideal para unhas fracas, porque quebra com menos facilidade -, e o quadrado - que exige movimentos firmes e retos da lixa. Lembrando que quem optar pelo formato redondo deve lixar as unhas na diagonal.
É de extrema importancia que você possua uma lixa própria para a superficie das unhas - geralmente ela possui 4 lados: lixar, polir, remover saliencias e brilho -, ela irá remover as impurezas e células mortas das suas unhas, e você deve usa-la uma vez por mês. Finalize com base e o esmalte de sua preferencia, só não esqueça de lavar as mãos antes - lavar, nada de usar algum paninho -, pois pode fazer com que o esmalte crie bolinhas, e se você resolver não usar esmalte, lave do mesmo jeito, pois aquele pó que sai das unhas é prejudicial a saúde.
Com esses cuidados básicos você pode fortalecer e deixar suas unhas cada dia mais bonitas.

Batuques


Cinco dias para o começo de um novo ano, e eu aqui sem um rumo certo, sem saber o que fazer direito da vida e ainda nesse calor dos infernos. 
Em dias como hoje, dormir é uma coisa que exige muita paciencia, e realmente é muito dificil resolver onde deitar, se na cama, no tapete, no chão, na calçada ou ainda na grama. E após essa decisão começamos a nossa caçada pela calmaria, os olhos permanecem no meio termo, nem abertos nem fechados, o suor nos desgasta, e raiva toma conta.
As vezes acho que isso acontece com nossas emoções para testar a nossa busca pela paz interior, que muitas vezes não se manifesta em nosso ser e então fingimos possuir uma, ou seja, forçamos uma. Ficamos com um ponto de interrogação na cabeça, cercados por duvidas e mais duvidas. Tudo se passa como um filme, que para no meio, por falta de luz. E então começamos a criar ilusões ou perspectivas para o final, que muitas vezes acabam em decepção. Possuimos um sentimento esquisito e inexplicavel tão de repente, e por não podermos o explica-lo não sabemos o que fazer com ele, vira algo sem nexo, e sem conclusão alguma, então daqui a pouco já estamos brigando por uma coisa qualquer, que aparentemente não chega a ter nada a ver com o centro do assunto.
Tenho vontade de acabar com o silencio, quebrar paredes, andar, fazer alguma coisa que não seja dormir. Por obrigação deito, retiro o sobre lençol, e mesmo assim me reviro tentando me ajeitar de algum jeito e finalmente conseguir dormir. Mas aquela confusão toda batuca ainda mais forte no pensamento, a cabeça já apresenta um ardor, que posteriormente se passa pra os olhos, a garganta fica seca. Começo a pensar no que eu quero e consequentemente no que eu não quero também, mas tudo permanece do mesmo jeito, intacto, é como se eu ouvisse "cheque mate" e não tivesse para onde fujir. Alegria, atitudes, choros, palavras, tudo isso já se passou, mas a dor de saber que há uma chance mínima da parte da alegria e atitudes se repetirem me consome. A imaginação se junta com a fantasia e coexiste, teimando em levar esse sentimento para o próximo ano, insistindo em guardar dentro do peito o que sentimos agora, para um momento quando resolver ser correspondido depois. Segundos, minutos, horas passam e o batuque continua, sem mais nem menos entramos em um certo coma, por congestionamento no pensamento, acumulo de sentimentos, uma reviravolta interior e então adormecemos e por não sabermos a hora do ocorrido, e acordamos como se estivessemos de ressaca sem saber direito se ainda é madrugada, manhã, tarde ou noite.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Então é Natal



Na adolescencia quase não faz mais sentido, a não ser quando se trata do presente, aquele que desde o Natal passado estamos pensando em pedir aos pais, avós, tios, seja lá o que for. Crescemos e nos tornamos meras pessoas que se deixam levar pelos bens materiais, pelo valor em dinheiro. 
Acabamos vivendo o Natal de forma diferente. Esquecemos que se trata do nascimento do Senhor, e fingimos nunca termos vivenciado a magia natalina, onde esperamos anciosos o Papai Noel, o coroa que você praticamente nem lembra a função, e acha a coisa mais infantil do mundo, mas que interiormente daria tudo para poder sentar no colo daquele bom velhinho de roupa vermelha e uma barba branca simpatizante para receber um brinquedo qualquer, com o qual possa se divertir por alguns instantes pelo menos. Nem que seja aquela boneca, com um laço de cetim nos seus menos de 100 fios de cabelo, um vestido curtinho e fofo. Ou, um carrinho normal, simples, tendo 4 rodas e andando sem o uso de pilhas, cordas ou controles. Ou ainda, somente para ganhar aquelas balinhas, e negociar algo, talvez a chupeta, ou a mamadeira. Lembra?
Era tão bom. Tão esperada essa epóca do ano. Que chegavamos a sentir o cheiro do fim do ano se aproximando. Hoje em dia é tudo tão diferente, tão confuso. Perdemos horas e horas, decidindo a roupa que vamos vestir, a cor do esmalte das nossas unhas, o perfume, o pentiado, o calçado, o make. E tudo isso pensando em uma única pessoa, ele, ou para onde ir após a ceia, ainda se for feita uma ceia, ou se você participar dela. Porque várias vezes enquanto um está na cozinha, outro está na sala, outro no quarto, outro pra fora consumindo bebidas alcoolicas, alguém cuidando somente da decoração, achando ser a coisa mais importante, alguém reparando nos detalhes para depois poder comentar, alguém no celular, alguém na internet, alguém se preocupando em tirar fotos e mais fotos, alguém morrendo de sono, e ainda alguém que não vê a hora de trocar presentes e dar no pé, ou somente dar no pé.
Quer saber o que eu acho? Acho que passar o Natal com a família, com a roupa escolhida pela mãe - mesmo que você ache ser a mais brega do mundo -, e com nenhum pensamento além de brincar, brincar e brincar, era muito melhor. 
Você que está ai, pensando no que fazer, ou naquele besta, mesmo que seja o besta mais lindo do mundo, e que poderia muito bem ser comparado com uma galinha ou um cachorro, se não fosse ser uma ofença aos pobres animais, pare, olhe bem, um novo ano se aproxima, e você ainda tem tempo de mudar seu rumo, ou sair por ai sem nenhum, ao inves de nessa noite ficar apenas esperando sentada, a passagem de um cometa, estrela cadente, qualquer coisa para qual você possa pedir que fulana morra, que fulaninho se toque do seu amor e passe a corresponder até o momento que você queira, que seu irmão/irmã te deixem em paz, que seus pais parem de pegar no seu pé.
Eu sei que tudo parece ser vago, e cada coisa que acontece da asas a sua imaginação fértil, mesmo que as inteções sejam reais. Sei que todas essas palavras podem ser em vão, que tudo parece meio obscuro, e quase nada apresenta um sentido, que é nefasto e parece um cemiterio coronariano. Sei que sua real vontade nessa data se não for a de sair, sem precisar dar explicações a ninguém, é a de poder vagar pela casa feito uma mendiga andarilha sem necessitar distribuir sorrisos falsos e conversas para parecer simpatica ou ser "educada" - a minha vontade é essa pelo menos.
Só desejo a você um natal do jeito que você quer, mesmo que seja desajeitado, algumas palavras e respostas da maneira que você preferir, resumindo um Natal que te faça feliz. Pois de nada adianta eu desejar a vocês um Natal a moda antiga, se ele não lhe fazer bem, ou se ele for realizado com o pensamento visado somente ao lucro.
Então gente, muita alegria, paz, amor, fraternidade, e todas aquelas coisas mais que a gente sempre deseja. Tudo de melhor a vocês!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Pele do Rosto



Seria extremamente bom se nossa pele não precisa-se de cremes, cremes, e mais cremes, principalmente quando se trata da pele do rosto. Gastamos horas e horas olhando para o espelho, procurando defeitos, sinais, marquinhas e sempre, sempre achamos tudo isso e muito mais. Então decidi postar algo  sobre os problemas NORMAIS da pele do rosto. É gente, são normais, porque TODO MUNDO, em algum momento da sua vida teve, tem e terá, esses indesejáveis problemas. 

Eis aqui os problemas mais frequentes e sugestões sobre como combatê-los:


Pontos Pretos
São resultantes do excesso de oleosidade e outras secreções da pele que se acumulam nos poros e escurecem expostos ao vento. Para ajudá-los a eliminá-los, siga esta rotina, duas vezes por semana: dê ao seu rosto um banho de vapor. Depois aplique uma máscara facial para ajudar a tirar cravos. Jamais os aperte  - sei que isso é praticamente impossível -, qualquer pressão pode causar danos permanentes horríveis. Para ajudar a preveni-los comece a limpar a pele demoradamente, levando em conta sempre seu tipo de pele.


Cravos Brancos
São materiais oleosos endurecidos, que se acumulam sob os poros. A circulação lenta é uma das causas, e a limpeza contínua, profunda, de acordo com o seu tipo de pele, deve ajudá-los a desaparecer. Se não desaparecerem, faça com que  um dermatologista os elimine. Eu disse dermatologista, e não você! Pois se o apertarem, eles poderão piorar e deixar marcas profundas.


As Espinhas Ocasionais
São muito desagradáveis - eu seeeei! -, porque aparecem geralmente, no momento mais importuno, como por exemplo: no dia antes de um encontro importante, ou de uma  festa bombada, e de várias outras ocasiões. As causas variam desde as do sistema nervoso até as limpezas pouco cuidadosas. A melhor solução é secá-las. Aplique um adstringente várias vezes sobre a espinha, lembrando de  manter o resto do rosto sempre limpinho. Também aconselho vocês a nunca as apertarem.


As Pintas
Não pintas nunca foram e  nem serão problemas de pele, ao contrário elas nos  deixam ainda mais bonitas e com um charme a mais, porém deve-se lembrar que as pintas não devem ser tocadas, arranhadas, coçadas, e muito menos apertadas. Nunca retire uma penugem da pinta, o mais aconselhável é cortar essa penugem com uma tesourinha  pequena, e se for notada alguma mudança de cor ou tamanho da pinta, consulte um médico o mais rápido possível.


Lembre-se alguns minutos diários de cuidado, conservarão a pele de seu rosto livre de tais problemas. Mas não é somente a pele do rosto que exige cuidados, mas também a pele do corpo, que pode ser cuidada com o uso de hidratantes, massagens, cremes suavizantes e etc. Levando em conta sempre que ninguém é perfeito e ninguém tem uma pele de pêssego limpinha, a não ser quem cuida muito bem dela!

Tédio


Nada acontece, é sempre a mesma coisa. Tem horas que chego a desejar até alguma tragédia para acabar com a rotina, mas logo retiro o desejo, uma tragédia só iria piorar as coisas. Seriam dias e dias de um único assunto. Um insuportável assunto. E o pior, com várias narrações, fulana contando de um tipo, beltrana de outro, uma que acrescenta uma infinidade de pontos, outra que esquece as normas do português e, conta a história como se estivesse disputando uma corrida com a própria língua, ou tentando dizer que é uma mexicana em apuros. É... Em cidade pequena, tudo flui assim mesmo. Se trata de um "diz que diz" enjoativo para quem só quer uma vida onde se possa dormir até as 10:30, acordar comer algo, ir para o computador, ficar lá até a hora do almoço e não ter louça à espera nem compromissos para depois, como cuidar de crianças ou dar uma ajeitada na casa. Não, eu não tenho filhos. Mas tenho um pestinha, que chamo carinhosamente de irmão, e seus queridos amiguinhos com toda ironia do mundo. Bem, resumindo o que eu estava dizendo queria mesmo é ter férias de tudo e de quase todos. Ir para uma ilha deserta, onde eu tivesse a autoridade máxima, e pudesse controlar até os sons, desde ao dos passáros, para manda-los cantar ou fechar de vez o bico. 

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Desiquilíbrio


Anormalidade moral. Surto opcional. E assim levo a vida. Mas apesar da falta daquilo que chamamos de lucidez, nunca no meio termo. Ou 8 ou 80. Ou quente, ou frio. Ou sol, ou chuva. Ou tudo ou nada. E a parte boa em ser desiquilibrada é nunca poder ficar em cima do muro. É de um lado ou, do outro. Simples assim, ou não.

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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

As vezes isso, as vezes aquilo


Confesso que não rezo muito. Muitas vezes é só na hora do desespero mesmo. Mas das orações que eu fiz, e de tanto que pedi, acho resolveram atender meus pedidos. Tive minha felicidade e serenidade devolvida, a única preocupação agora, seria saber o que vem depois, mas a única solução é esperar para ver. Quem me dera ter um lado meio cigana, um lado meio feiticeira, outro meio de hipnótica, de todos os lados que eu tenho, são esses que me faltam. E realmente fazem muita falta. Adivinhar o futuro economizaria muito drama, afinal, eu já estaria preparada para cada ocasião antes mesmo delas ocorrerem. Mas mesmo eu achando que falta, acho que não compraria uma vida assim. Prefiro o mundo dos mistérios, o mundo do fascínio, um mundo em que eu não faço a mínima idéia do que poderá acontecer após eu abrir os olhos ao acordar. 
Depois de tantas coisas, resolvi ir só a cena, e a única coisa que desejo, é que agora tudo de certo, dentro de todas as minhas expectativas, e que se não der eu esteja moralmente preparada para batalhar até conseguir. Espero que o meu autocontrole não seja intrometido. Espero não causar acidentes, por que geralmente os quais eu causo são graves. Só espero continuar... Continuar tendo amigos imaginários de propósito, continuar falando sozinha, continuar cantando músicas que já não são para a minha idade, continuar saltitando pelas ruas, continuar distraída, por que assim sempre esquecemos de alguma coisa. Dizer esquecemos vem a ser irônico, esquecemos mas logo lembramos, sozinhos ou algum imbecil faz esse favor para a gente. Pois junto com a sensação de esquecimento, sempre fica algo, um sorriso, um toque, um beijo, já é uma rotina. Queremos enganar a nós mesmo, fingindo não ter mais sentimentos, fingindo que acabamos o perdendo, o deixando ir embora, ou talvez, fingindo que o sentimento dentro de nós morreu, e que nós fomos quase juntos. É a realidade tentamos demonstrar uma vida, mais fria, e mais grossa, para disfarçar aquilo que sabemos ser a mais pura verdade do atual segundo, e provavelmente dos próximos meses, tudo isso para não deixar escapar aquele sorrisinho que entrega, aquele que diz, eu ainda penso nele sim, eu ainda vivo por ele. Queremos na verdade é colar nossa boca no estilo Monalisa, para disfarçar a nossa própria vida, disfarçar o bom e o ruim, a vida mansa e a vida batalhada, a língua, a boca, os dentes, esses a gente tenta manter parados, para não falar por medo de depois se arrepender. Todos poderiam saber do estilo de jardim que temos dentro de nós, mas sempre nos poupamos, há sempre muita inveja, um tal de olho gordo e a falta de um colírio light, a crença de que falando o encanto não funcionara. E cada coisa vai nos distanciando ou aproximando de uma vida estável.
No particular, gosto dessa coisa de amar hoje, amanhã talvez, depois de amanhã não saber, e depois de algumas semanas estar tão encantada a ponto de não pensar em outra coisa, não viver mais direito, nem como no principio. Se trata apenas da escrita da minha vida, sendo a cada dia preenchida, com entrada e com saída de personagens, alguns que entram e ficam até o final, alguns que entram e saem de repente sem eu ao menos saber o por que, outros que saem e logo voltam, e outros que saem para nunca mais voltar, quase sempre por justa causa. Mas tanto os que entram para nunca mais sair, tanto os que saem para nunca mais voltar vão deixar marcas, cicatrizes na alma e no coração, talvez boas, talvez ruins, vai do ocorrido. É o mundo, girando, tremendo, se mexendo, operando, agindo, acontecendo profundamente com o meu modo bipolar de ser e a minha pressa em quase tudo.
Por um lado, em mim, é horrível a sensação de não saber o que virá pela frente. Mas pelo outro, é magnífico. Por um lado deixa minha vida preta e branca, mas pelo outro colore com as mais belas cores de uma caixa de lápis de cor. Lápis, por que ele a gente pode apontar e deixar desapontado, e assim é a nossa vida. As vezes fico lúcida, as vezes louca, as vezes sarna, as vezes querida, as vezes tenho sonhos, as vezes pesadelos, as vezes acho isso bom, as vezes acho ruim, as vezes gosto que meu coração faça "tum", mas as vezes acho que o som deveria ser "você, você, você..."

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Precisava.


Precisava. Fiz de tudo, absolutamente tudo, tudo mesmo pra ter. E adivinhem... É eu não tive. Me declarei. Digamos, indiretamente, talvez. E não ele não me ouviu, teve a audácia de falar "olha linda, me dê trinta minutos, meia hora, que eu decido". E eu sabia, que a partir do momento que ele soltasse minhas mãos, a partir do momento que ele respirasse longe do meu corpo, ele não voltaria. E não voltou. Somente me testou. Estava eu sozinha, ele com a namorada - namorada nada, a próxima da lista -, ele deixou-a e se dirigiu ao bar. É, e eu estava no caminho. Foi horrível. Olhar nos olhos de quem te levou o coração por alguns dias, é a pior coisa que  existe na  face da terra. Tentei disfarçar, desviei o olhar, respirei, escutei meu coração. E meu coração aceitou. Aceitou o que ele queria que antes eu aceita-se, e que agora eu via, nos olhos dele, o desejo de me ter em seus braços, e sentir minhas curvas, mas agora eu não queria sentir suas mãos, e muito menos queria ser testada  por ele. Então levantei meus dois lindos e misteriosos olhos castanhos, e sorri, um sorriso de lábios, não um sorriso. E ele percebeu. Percebeu que eu aceitei, que agora eu é quem tinha o controle do meu coração, e não mais ele.

Eu somente precisava.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Em outra vida, eu envelheceria ao seu lado


Ela simplesmente é meu alvo de desejo. Não só meu eu sei, de 90% dos caras do mundo inteiro. Ela é alguém impossível de ser descrita totalmente, possui um certo mistério, que sempre me deixa intrigado. É a mulher dos meus sonhos, alguém que eu passaria o resto da minha vida. Mas por vontade própria, o resto da vida não pode começar hoje, estou com muita preguiça, prefiro ficar aqui na sala, deitado no sofá de boa, assistindo um filminho, e com a minha mão dentro da cueca. Talvez amanhã, se eu estiver a fim de acabar com o tédio, daí quem sabe ela sirva nesse momento. Ou, talvez ela mesma tome alguma atitude inesperada, qualquer uma, que a faça subir em meu conceito. Depois de um certo agrado, lógico.
Ela é quase perfeita. E ai você deve estar se perguntando, por que eu rejeito essas chamadas, ignoro todo o tipo de mensagens, tento ao máximo me encher de programas entre os amigos, ignorar todos os olhares, talvez nem um “oi” dizer a ela. Juro-te ela não é um canhão. Muito pelo contrário, ela é bem gostosa. Pernão, cintura, boa de calcinha e sutiã e aparentemente, boa sem também. Linda, vaidosa, com um perfume incomparável, daquele que da vontade de ficar sentindo o dia inteiro. Boca, olhos, nariz, cabelos, parece um desenho, o mais lindo desenho. É gata, muito gata. Ela se dedica em mostrar somente o melhor dela, é inteligente, faz cursos sempre que tem oportunidade, trabalha, e estuda, nem eu sei como que ela se vira assim. Nunca repetiu no colégio. É caseira, só beija quem a desperta um certo sentimento, de paixão para cima ta valendo. Sai com as amigas no fim de semana, dá um certo jeito de me procurar... Sempre acha, e eu sempre a decepciono, não falo com ela, nem ela fala comigo, nosso lance é apenas de observação. Mas pelo que eu percebo além de tudo isso, ela é parceira, entende aquelas nossas figuras de linguagem, e ironias, faz gracinhas nos momentos adequados e com a dose certa de humor. Costuma chegar atrasada nos lugares, pratica exercícios, pelo menos duas vezes por semana, ou pelo menos tenta. Ela é eclética, curte todos os estilos musicais - exceto funk. Sabe cozinhar, lavar, passar, é prendada, só tem a mania de deixar o quarto bagunçado, mas que segundo ela é apenas uma bagunça organizada. Ela é um pouco enjoada para comer, e não toma bebidas alcoólicas, um champagne na virada do ano, e só. Gosta e entende de futebol. Ah, e ela é tímida, é um pouco estranho eu falar isso, mas é uma timidez tão bonita. Eu até me arrisco a dizer que em uma outra vida, eu envelheceria ao seu lado, teria filhos, netos, bisnetos, e ficaria junto dela até que a morte nos separasse. E mais essas coisas que a gente sempre quer e nem tocamos no assunto. 
E agora estou aqui, contando que me controlo para não atender esse mulherão, e me vigio para não encher demais a bola da gata. Seria bem melhor estar ao lado dela, tomando cerveja, vendo um filme, tentando algo que eu tenho a certeza de que ela não deixaria, mas mesmo assim, poder ficar admirando seu corpo violão, poder ficar abraçado a ela e a enchendo de beijos e mimos. Afinal ela é gente fina, gostosa, inteligente e engraçada. Mas ela possui um defeito, o defeito que vale por todas suas qualidades: Gosta demais de mim. Arrisco até a dizer que ela me ama. E então ela me deixa livre e desimpedido, apenas conhecedor do sentimento que ela nutre por mim, um alguém tão desmerecedor, desprezível e ignorante. Eu espero até ter um pouco de decência e me apaixonar por ela também. Mas sinceramente não consigo, não vou conseguir. Falta algo, sei lá, alguma loucura que ela cometa, para que eu possa sentir, que terei a chance de ser feliz, talvez um sumiço, para que eu possa dizer que senti a sua falta, mas não. Ela sempre está ali quando eu preciso, quando eu não preciso, quando eu quero e quando eu não quero também. Lógico não ali, ali, perto, perto, mas ela está me vigiando. Eu sei que está. E para que ela venha, basta eu chamar, pois ela só não vem por causa da tal timidez que aparenta ser enorme. Sinceramente já não sei explicar. Eu já pensei em ir adiante, engatar um romance com ela, e ver que eu realmente posso viver um conto de fadas com a bela, mas eu sei que se o fazer, o estrago será grande. Eu já tenho total consciência do ser apático, burro, tolo, idiota que eu sou. Babaca, ridículo também, e são muitos os defeitos para todo o talento que ela tem. É por isso que eu coloco a carta no baralho novamente, por isso que eu não sigo adiante. O único problema é que quem não se tocou ainda é a deusa. Talvez o silencio avise, que ela é extremamente mulher demais para um cara como eu de menos em excesso. Espero somente que ela não me odeie. Mas ó: é gostosa.