Nada acontece, é sempre a mesma coisa. Tem horas que chego a desejar até alguma tragédia para acabar com a rotina, mas logo retiro o desejo, uma tragédia só iria piorar as coisas. Seriam dias e dias de um único assunto. Um insuportável assunto. E o pior, com várias narrações, fulana contando de um tipo, beltrana de outro, uma que acrescenta uma infinidade de pontos, outra que esquece as normas do português e, conta a história como se estivesse disputando uma corrida com a própria língua, ou tentando dizer que é uma mexicana em apuros. É... Em cidade pequena, tudo flui assim mesmo. Se trata de um "diz que diz" enjoativo para quem só quer uma vida onde se possa dormir até as 10:30, acordar comer algo, ir para o computador, ficar lá até a hora do almoço e não ter louça à espera nem compromissos para depois, como cuidar de crianças ou dar uma ajeitada na casa. Não, eu não tenho filhos. Mas tenho um pestinha, que chamo carinhosamente de irmão, e seus queridos amiguinhos com toda ironia do mundo. Bem, resumindo o que eu estava dizendo queria mesmo é ter férias de tudo e de quase todos. Ir para uma ilha deserta, onde eu tivesse a autoridade máxima, e pudesse controlar até os sons, desde ao dos passáros, para manda-los cantar ou fechar de vez o bico.
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