sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Precisava.


Precisava. Fiz de tudo, absolutamente tudo, tudo mesmo pra ter. E adivinhem... É eu não tive. Me declarei. Digamos, indiretamente, talvez. E não ele não me ouviu, teve a audácia de falar "olha linda, me dê trinta minutos, meia hora, que eu decido". E eu sabia, que a partir do momento que ele soltasse minhas mãos, a partir do momento que ele respirasse longe do meu corpo, ele não voltaria. E não voltou. Somente me testou. Estava eu sozinha, ele com a namorada - namorada nada, a próxima da lista -, ele deixou-a e se dirigiu ao bar. É, e eu estava no caminho. Foi horrível. Olhar nos olhos de quem te levou o coração por alguns dias, é a pior coisa que  existe na  face da terra. Tentei disfarçar, desviei o olhar, respirei, escutei meu coração. E meu coração aceitou. Aceitou o que ele queria que antes eu aceita-se, e que agora eu via, nos olhos dele, o desejo de me ter em seus braços, e sentir minhas curvas, mas agora eu não queria sentir suas mãos, e muito menos queria ser testada  por ele. Então levantei meus dois lindos e misteriosos olhos castanhos, e sorri, um sorriso de lábios, não um sorriso. E ele percebeu. Percebeu que eu aceitei, que agora eu é quem tinha o controle do meu coração, e não mais ele.

Eu somente precisava.

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